31/10/11

Quantas? Quantas vezes nos disseram isto, aquilo e não sei
mais quantas coisas bonitas? Mas será que alguma dessas coisas, era totalmente
verdadeira, totalmente sentida? Quantas vezes disseste que eu era o único, que
eu era a tua vida? Quantas foram as vezes que disseste que estarias comigo,
acontecesse o que acontecesse? Ou quando dizias que me amavas mais que tudo?
Isso era realmente o que sentias, ou era apenas o que achavas sentir? Pensava
que podia contar contigo para tudo, fizeste-me crer que sim, mas agora que
preciso de ti, não faço ideia onde estás. Desapareceste. Desvaneceste no meio
de todos os sonhos que tínhamos e planos feitos. Quantas vezes disseste que só
eu importava, viesse quem viesse? Foram tantas, e agora tornei-me completamente
insignificante aos teus olhos, dizias que eu era tão importante para ti, mas
durante este tempo dás a entender que me tornei completamente indiferente.
Tornei-me apenas mais um. Então e todas aquelas vezes que me agarravas
derrepente com toda aquela força e me davas um beijo? Onde foi parar isso? Onde
foram parar as tardes ou as conversas intermináveis? Aquele jeito envergonhado
como falávamos e o brilho nos teus olhos quando me vias? Desapareceu, tal como
tu. Ainda te lembras, pelo menos? Ou já apagaste as nossas lembranças do teu
coração, tal como fizeste comigo? Tu partiste e levaste contigo a parte de mim
que era feliz. Deixaste-me assolado pela tristeza, pela solidão e pela mágoa.
Assim que percebeste que tinhas a (enorme) capacidade de me fazer sorrir,
pegaste em todo esse poder e foste embora. E nunca mais voltaste. Mas.. queres
saber o pior? O pior de tudo, é que mesmo assim, eu amo-te.